sexta-feira, 11 de abril de 2014

Olavo Bilac, sua poesia Via-Láctea e o parnasianismo

Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac nasceu no Rio de Janeiro em 16 de dezembro de 1865 faleceu em 28 de dezembro de 1918, estudou medicina e direito mas não concluiu nenhum dos dois cursos, foi além de poeta, jornalista, crítico, inspetor da Instrução Pública e membro do Conselho Superior do Departamento Federal .
Foi defensor da instrução primária, da educação física e do serviço militar obrigatório, que considerava uma forma de combater o analfabetismo.
Escreveu a letra do hino à bandeira e foi um dos fundadores e membro da Academia Brasileira de Letras em 1896 ocupando a cadeira número 15 da entidade, foi eleito o príncipe dos poetas brasileiros. Boêmio inveterado foi um dos maiores defensores da Abolição da escravatura. Foi também um dos principais autores do parnasianismo que no Brasil surgiu no fim do século dezenove.
O parnasianismo é uma estética literária de caráter exclusivamente poético que reagiu contra os abusos sentimentais dos românticos, alguns críticos chegaram a considerar o parnasianismo uma espécie de realismo na poesia, os parnasianos ressuscitam o preceito latino de que a arte é gratuita e que só vale por si própria, justificada apenas por sua beleza formal, os parnasianos consideravam como forma a maneira do poema se apresentar, seus aspectos exteriores e a técnica de construção do poema que consiste em:
- Métrica rigorosa
- Rimas ricas 
- Preferência pelo soneto
- Objetividade e impassibilidade
- Descritivismo
Entre uma das principais obras de Olavo Bilac esta a poesia Via-Láctea que é composta por 35 sonetos que trazem o lirismo amoroso platônico.
O título da obra alude as estrelas uma constante na poesia de Olavo Bilac. 

O escritor Olavo Bilac
    

Via-Láctea
Olavo Bilac

Soneto um

Talvez sonhasse, quando a vi. Mas via
Que aos raios do luar iluminada,
Entre as estrelas trêmula subia
Uma infinita e cintilante escada

E eu olhava-a de baixo, olhava-a... Em cada  
Degrau que o ouro mais límpido vestia
Mudo e sereno, um anjo a arpa dourada,
Ressoante de súplicas, feria...

Tu, mãe sagrada! Vós também, formosas 
Ilusões! sonhos meus! íeis por ela 
Como um bando de sombras vaporosas.

E, ó meu amor! eu te buscava quando
Vi que no alto surgias, calma e bela,
O olhar celeste para o meu baixando...


Toda sexta-feira, postarei um soneto até completar a poesia Via-Láctea.

Links de pesquisa
http://educacao.uol.com.br/biografias/olavo-bilac.jhtm
http://www.techtudo.com.br/tudo-sobre/s/via-lactea-olavo-bilac.html
http://www.unievangelica.edu.br/gc/imagens/noticias/2041/file/MELHORES_POEMAS.pdf

Bilac,Olavo. Antologia: Poesias.São Paulo: Martim Clarent, 2002. p.37-55 Via-Láctea
(Coleção a obra prima de cada autor) 




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