domingo, 2 de abril de 2017
Outono
Outono é a poesia lúgubre das estações, onde o dia parece querer se recolher mais cedo em sua melancolia. A introspecção se encontra no cerne dos mais sensíveis, como um fantasma amigo a sussurrar no ouvido. São folhas que caem ao sabor tranquilo do vento, de dourados ao entardecer. É o finalizar de alguns ritos da natureza, o morrer para renascer. E toda beleza se encontra na aceitação da finitude, de que a semente tão delicadamente germinada cresceu, deu seu fruto e hoje se torna adubo na terra fértil, que como essa semente tenhamos a sabedoria de deixar ir aquilo que já não tem mais vida, para dar lugar para outras plantações, novas colheitas e outros fins.
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