sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Velhas cartas

Hoje abri aquela caixa, com coisas guardadas de outra vida.
Cartas amareladas, velhas fotografias...
Lembranças e nada mais.
Rasguei as velhas cartas, mas guardei a fotografia.
Você me falou uma vez o quanto eu me fechava...
A verdade? Eu não ligo mais para o que pensam de mim.
Não tenho tempo para essas coisas miúdas e imundas.
Meu coração enterrei na floresta do meu imaginário e somente quando eu quiser o abrirei novamente.
Aqui em meu peito cabem apenas poesias.
Não se preocupe, querido, estou feliz e em paz.
Sigo dançando nos versos que leio, me visto com cada palavra de amor.
São poemas tecidos para corações enterrados, perdidos entre bosques de ilusões. 
Apenas sinta minha falta nessa noite chuvosa e fria.
Sinta falta do calor do meu abraço, sofra um pouquinho, eu te peço.
As cartas que rasguei joguei na chuva, a fotografia voltou para caixa.
O amor se perdeu na bruma, restou alguma saudade.
Não sofro, apenas sinto por ter dado tanto amor
Tanto tempo para alguém que não esteve comigo.
Sinto tanto...
Por isso te peço, apenas algumas lágrimas
Em memória do que passou.





Quando eu era adolescente gostava de escrever cartas, textos e poesias em cadernos.
Hoje quis relembrar essa minha forma de expressar sentimentos...

3 comentários:

  1. Também fazia isso na adolescência, era libertador.
    Amei seu poema, um pouco triste mas é isso...
    É realmente isso. Todos temos aquelas lembranças
    que queremos voltar a viver por uns instantes.
    Amei seu poema Carol... ♥

    http://passaro-de-inverno.blogspot.com.br/

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  2. Olá Carolina
    Belíssimo poema! Dias vêm e vão, mas nossas memórias permanecem..

    Um grande abraço

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  3. Bom dia querida Carol.. e foi assim que tb comecei.. com cartas, versos soltos.. e é bom lembrarmos, deixarmos alguma impressão de alguma forma e pq não em forma de poesias né..
    beijos e feliz sempre fique bem

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