Tenho dificuldade em admitir minhas tristezas, as vezes sinto culpa por sentir. Acho que na maior parte das vezes eu coloco a máscara social e esqueço de tirar. Dá uma dorzinha no peito mas tento ser forte e ser forte o tempo todo cansa e machuca. Tenho vontade de apenas sentir essa tristeza em paz mas a positividade tóxica atrapalha um tanto. Admitir certas fraquezas é tão complicado para alguém como eu, as vezes me canso de ser eu mesma.
sexta-feira, 16 de junho de 2023
quarta-feira, 30 de dezembro de 2020
Bye 2020
Esse ano não foi moleza para dizer o mínimo e tentar ser suave com a escrita, tenho que ser sincera e registrar que na bolha em que eu vivo tenho muito que agradecer... Pelos parentes que seguem firmes, fortes e saudáveis (meu irmão quase foi para o lado de lá por motivo de doença, mas se recuperou e segue em tratamento) por minhas filhas terem sobrevivido as aulas remotas, Isabela concluiu o ensino médio e a Bruna foi para o quinto ano, sério como foi dificil educar a Bruna em casa ela não se adaptou mas conseguimos . Agradeço pelo teto, pão e distração nesses dias sombrios. Li muitos livros e assisti séries e filmes na tentativa de não pirar com essa quarentena. Esse ano me disciplinei com os cuidados com a pele e montei uma rotina bacana e tenho visto bons resultados, inclusive o melasma ficou bem clarinho e minha pele está mais bonita :) por outro lado minha alimentação está um pouco fora do que é bom para minha saúde, voltei a consumir leite e queijo e tenho comido mais bolos de chocolate que o normal ou seja quatro quilos a mais desde março... Não que eu esteja pulando de alegria mas tenho tido bons momentos. Tenho muitos planos para o próximo ano em especial um a longo prazo que me acalenta o coração e inclui uma grande mudança em minha vida, vamos ver se dá certo eu espero que sim. Se você me leu até aqui desejo que o próximo ano seja melhor que esse e que tenha muito amor para dar, carinho para receber e dinheiro para investir, te desejo o melhor que possa ter na realidade em que se encontra.
Beijos o/
sexta-feira, 4 de dezembro de 2020
Sozinha em casa
Hoje estou totalmente só em casa pela primeira vez em dezoito anos! Já fiz dois bolos e tem uma torta de frango no forno, estou mais agitada que o normal acho que deve ser a ansiedade de algo novo, novidades sempre me assustam e acabo ficando exausta por ocupar a mente e o corpo com tantas atividades. Minhas meninas foram com o pai e a familia dele para Caldas Novas, fiquei um pouco relutante por conta da pandemonia mas deixei elas irem depois de ver que o lugar em que vão ficar é mais vazio, passei muitas instruções e agora cá estou com a prévia do ninho vazio e vou dizer que dá uma desequilibrada no psicológico. Mas é isso um dia de cada vez e vamos em frente sempre, caminhando mas sem perder a ternura.
Um abraço o/
sexta-feira, 20 de novembro de 2020
Um pouco de poesia e tristeza
Sentir medo em tempos de crise é o mesmo que chover no molhado, e por falar em chuva ela cai agora suave, quase terna só para me lembrar de ter esperança ou ao menos sonhar com um tempo mais simples, isso existiu de fato? Acho que sim, a sensação de que teríamos um amanhã seguro e palpável... Hoje me contento com uma certa tristeza e um pouco de receio, desesperança talvez? Quem é que sabe. Mas sei que carrego comigo em meu coração o sorriso da Bruna e o olhar da Isabela e isso me basta, me acalenta e me enche de fé.
segunda-feira, 9 de abril de 2018
Uma semana doce para todos
Desejo a você que me lê dias assim, mesmo se estiver dentro de um furacão permaneça centrado pois no centro do furacão as coisas são calmas.
Que tenhamos uma linda semana =*
terça-feira, 6 de março de 2018
Sobre as nuances dos relacionamentos abusivos
Passei por tudo isso, experimentei a frustração de viver algo tóxico e consegui me desvencilhar de vez, e digo como é bom ser livre para escolher o que é digno, o que faz bem. O universo é incrível e abundante e sabemos que viver o hoje é a melhor coisa que fazemos sempre.
Entre tantas opções que temos nessa realidade que nos cerca escolha se amar em primeiro lugar sempre.
sexta-feira, 2 de março de 2018
Reconstruir
Minha alma aos poucos se reencontra com minha atual existência, minha alma tem aroma de flores e floresta com sabor de manhãs outonais e chocolate quente.
quarta-feira, 10 de janeiro de 2018
Despertar
Quando olho para o passado sinto gratidão, repito comigo mesma: tudo esta bem como está! Cada aprendizado me trouxe até aqui independente das circunstâncias ou "adversidades" estou aqui no momento certo na situação certa... Sem vitimismo, sem complicações. Amo quem sou, perdoei quem fui e acolho com carinho quem serei procurando viver o hoje pois é tudo o que tenho, a morte se torna apenas uma aventura para a alma e o duvidoso algo a ser medido com a sabedoria do ser. As experiências são divididas entre todos que estão abertos a ouvir, sem invasão ou violação. E o mundo passa a ter mais cores porque eu mudei e o que esta fora esta dentro, como em um espelho e o verdadeiro véu enfim é rasgado, a morte se torna tao somente mais uma aventura para a alma o amor preenche, bagunça e depois integra um com o todo. E mesmo que doa, que sofra, que passe privações tudo e transitório pois somos amor e luz, existe um plano maior na existência. As coisas materiais ou convencionais são passageiras, o ser o que esta dentro é o que realmente importa, lá fora é tão somente uma ilusão criada pelo coletivo cabe a mim viver o melhor dessa projeção, vibrar no amor, na luz e na minha verdade sem medo ou preconceitos. Somos perfeitos e completos cada um com sua missão de alma a seu tempo, a seu modo. Apesar da solidão externa enfrentada no processo de despertar existe uma solitude interna, um preenchimento de vida aos dias e a futilidade vai sendo substituída pelo amor que chega como uma nuvem carregada pronta para desaguar em todos. E mesmo que as vezes pareça confuso sei que cada um tem uma missão e nada é por acaso.
quinta-feira, 24 de agosto de 2017
Um texto fabricado para posteridade
A luz da espiritualidade vivemos o hoje, que é um presente cheio de alegria quando somos inteiros, despertos e participantes. Mas o que fazer com o entardecer que me traz a menina de vinte anos que espera o amado na janela, ou com as chuvas de novembro que traz os abraços inocentes de quem um dia tanto amou. Ou o final da tarde que as vezes faz um tic tac no peito dizendo que ele não vai bater na porta... Nunca mais. É preciso fabricar novas lembranças, aromas, toques ainda nessa vida, é preciso coragem para abrir o coração para um novo amor, sem medo ou julgamentos, sentir gratidão por tudo que viveu e recomeçar, mesmo com receio.
A vida é um presente e tem urgência de acontecer.
domingo, 2 de abril de 2017
Outono
sábado, 28 de novembro de 2015
Um estranho e muitas divagações
Comecei a imaginar os lugares que ele passou, os sonhos perdidos, os medos, os amores que despertou. E agora vejo um homem simples, com roupas ruídas, um ar de alguém perdido no mundo, no tempo, na vida.
Me deu um aperto no peito, por saber da efemeridade da vida, do quanto a juventude passa. Me perguntei se estou valorizando o meu presente, vivendo plena e com dignidade, fazendo o favor de ser feliz. Vou parar de prestar atenção só no lado feio da vida, vou viver e degustar a vida.
segunda-feira, 9 de novembro de 2015
Silenciando para se perceber
Nesse distanciamento podemos enxergar quem realmente somos. Desconstruímos conceitos, abandonamos velhas ideias, para dar lugar ao novo.
Ao silenciar nosso corpo de tanta informação encontramos o caminho de casa, que vamos perdendo enquanto crescemos.
E ao fecharmos os olhos podemos ver quem somos, ouvir o universo se conectando com nossa essência. Ao silenciar percebemos o outro, e principalmente nos percebemos.
Por isso se livre de todos os preconceitos que lhe incutiram desde a mais tenra infância, e se conheça, quem é você? De verdade! esqueça a embalagem, a imagem refletida no espelho e tente se reconectar com sua essência, se olhe, se toque, se ame. Viva uma linda história de amor com você, acalme o burburinho que vem lá de fora, afaste-se de quem não te percebe. Quando nos conhecemos sabemos o que nos faz bem, emitimos essa força vital para o universo e atraímos situações agradáveis ao nosso gosto e desejo, atraímos semelhantes. Apenas silencie e se perceba...
domingo, 5 de julho de 2015
Inconstância e Rock
Não gosto de escolher, se pudesse abraçaria o mundo mas tenho apenas duas mãos...
E quando escolho a parte que declino me incomoda, um tanto assim.
Quero colocar a mochila nas costas e virar cidadã do mundo, mas as responsabilidades me retém e o amor também, pois metade do meu coração bate fora do meu peito, em duas garotas que são o meu melhor feito, o melhor de mim.
Quero sorrir como todo mundo e dizer bobagens sem sentido, mas minha mente sempre acelerada me faz pensar tanto, mas tanto que as palavras simplesmente se atropelam e se misturam, e isso as vezes cansa, é patológico e tem nome feio Síndrome do Pensamento Acelerado e eu chamo de caos.
E o pior de tudo é ter a plena consciência da vida que se esvai, a cada dia. Cada célula que envelhece é a areia que cai na ampulheta inconfundível do tempo, e nosso tempo de vida é tão efêmero, somos folhas secas varridos ao sabor do vento.
Então eu leio dois ou três livros ao mesmo tempo, me desdobro e viro cinco em casa, estudo, sonho e curo machucado com um beijo nos joelhinhos da pequena, que as vezes estão ralados.
Mas o machucado que as vezes dói no peito esse não quer sarar...
Acho que vou tentar dar um tempo para o meu tempo, fazer minha mente trabalhar bem mansinho, filosofar e tomar sorvete de uva, educar duas meninas e andar de bicicleta, vou tentar desacelerar.
Pisar em folhas secas, sentir a areia entre os meus dedos, dançar na chuva mesmo quando a água cair fria.
Olhar para o espelho e aprovar o jeans escuro com a camiseta de banda, esquecer um pouco o terninho ou conjuntinho, e de "inhos" ter apenas benzinho, amorzinho e também carinho.
Ser a ariana torta algumas vezes, de preferência com sabor de chocolate. E escrever um monte de besteiras de vez em quando por aqui como esse texto/desabafo/prosa/poesia...
Ps. Ouvir AC/DC é bom para desestressar, no volume alto e balançando a cabeça como uma boa fã de rock, hoje fiz e aprovei ^^
Ps. 2: Meu pescoço tá duro...
Ps.3: Tô rindo enquanto escrevo isso...
sábado, 6 de junho de 2015
Amor em tempos de recessão
Estive pensando por esses dias no quanto as pessoas andam desanimadas com o amor, e não é para menos são tempos difíceis para o sonhadores não mesmo é Amelie Poulain?
Mas quero crer que é somente uma fase e que outros dias virão, de pessoas melhores, sentimentos melhores, dias em que um momento a dois tenha mais sentido do que uma selfie, e que as pessoas aprendam a guardar o relacionamento como se guarda um jardim Japonês, ao se desenhar um jardim presta-se atenção a cada componente, respeitando a preciosidade de sua vida seja pedras, árvore, flores... Cada componente é escolhido complementando um ao outro, longe dos olhos de estranhos, momentos em que a intimidade volte a ser um segredo e não um espetáculo a céu aberto e ao alcance de um click.
Engana-se que pensa que o amor é algo banal, a mera satisfação do desejo, o amor vai muito além do corpo é um encontro de almas, que se atraem, se fazem bem e se complementam, vai muito além da matéria é um estado consciente de espírito, não escolhemos amar mas somos nós que decidimos continuar ao lado de quem amamos independente das opções que a vida oferece.
E que esse sonho nunca morra apesar das dificuldades ou decepções que encontramos ao longo do caminho.
Para finalizar trago uma citação do livro Mulher tu estás Livre! Diz assim no capítulo nove:
"Um relacionamento verdadeiro é uma refeição muito temperada, servida em uma mesa trêmula, cheia de sonhos, dores e momentos delicados. Momentos que nos fazem sorrir em segredo durante o dia."
domingo, 10 de maio de 2015
Carpe diem
Essas duas palavras tem se tornado um mantra na minha vida, aproveite o dia, as oportunidades, o agora.
É um presente o dia de hoje, esse mesmo que vivemos, em que podemos tomar decisões, fazer escolhas e mudar o rumo do nosso barco.
Cada passo que dou, cada palavra ou pensamento determina o meu futuro, se eu erro e permaneço no erro as coisas tendem a ter um desfecho amargo, mas se eu após o passo errado mudar minha estratégia posso reverter o quadro e ter uma grata surpresa.
Carpe diem, não faz muito tempo em que eu tracei um plano, uma meta de vida estava tudo ali, primeiro o curso de Biologia, mestrado, ramo de pesquisa. Tudo lindamente estruturado rumo ao sucesso, mas eu não estava sozinha nessa jornada, existia um marido, emprego, estabilidade.
Mas o casamento acabou, a empresa abriu falência, os amigos da faculdade viraram as costas e me vi sozinha, desempregada, com duas filhas para criar, e o pior de tudo, eu me vi com medo, pois meu mundo inteiro ruiu e nesses momentos só vemos os destroços. E a brilhante aluna que os colegas de curso admiravam, os professores respeitavam, a aluna apaixonada pela vida que sempre encabeçava os seminários e que era uma espécie de líder do bando foi ficando pequena, cansada e sozinha e tudo acabou.
Carpe diem, aproveite o dia. Sim eu aproveito cada oportunidade que aparece. Passei muitos apertos, chorei muito nas muitas noites de insônia em que eu pensava e agora?
Desisti? Jamais, apenas decidi mudar o foco, reestruturar minha vida de acordo com a nova realidade de mãe, divorciada, independente, e com duas filhas para amar e educar. Não é fácil, o trabalho é dobrado, a responsabilidade recai quase sempre na mãe pois infelizmente o machismo e egoísmo movem muitos homens, que pensam que pagar uma pensão é o suficiente, e digo não é.
Mas é assim, não sou amarga, triste ou infeliz. Amo minha vida, minhas filhas e me amo e isso faz uma enorme diferença na hora em que os problemas aparecem.
Carpe diem, e agora José? Agora, hoje, presente, agora é o que importa.
Abri a janela e o sol entrou, aproveitei o dia, voltei a estudar, voltei a traçar planos e redefinir as prioridades.
Hoje conto comigo mesma, com minha força de vontade, competência e o desejo de reescrever a minha história, nada de olhar para trás e chorar pelo que ficou, a hora de sacudir a poeira é essa, de viver um dia de cada vez, aproveitando bem o que a vida tem me apresentado, correndo atrás do que me faz bem e estar ao lado de quem me faz bem.
Carpe diem, aproveite seu dia.
terça-feira, 27 de janeiro de 2015
Introspecção
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
Quero ser um Hobbit...
Sempre vi tudo ao meu redor de forma diferente, sou uma pessoa calada, desconfiada, um típico bicho do mato a maior parte do tempo, é o meu jeito.
E só recentemente tive a percepção do quanto sou observadora e gosto disso, me divirto quando alguém tenta me fazer de trouxa, me passar uma conversa, é engraçado o quanto somos seres imperfeitos...
Não sei, mas gosto de ficar sozinha a maior parte do tempo ou em uma companhia sincera e boa, no sentido de bondade, gentileza, simplicidade.
Felizmente conheço algumas pessoas que são assim, e essas eu guardo com muito carinho comigo, pois isso é raro hoje em dia, bondade.
Mas no geral pessoas me assustam, muito mesmo, mais do que contos de horror ou até mesmo o capiroto...
Nunca se sabe o que existe por trás de um sorriso, comentários ou sugestões.
Por essa razão eu evito ao máximo socializar, prefiro ficar na minha, quieta, assistindo aos outros, formando minhas conclusões as vezes um pouco insanas, minha mente é mais ou menos assim, caótica, com um pensamento atropelando o outro, e acabo transmitindo isso na minha escrita...
Por exemplo eu penso e analiso qual curso superior iniciar, aí me lembro que tenho a opção de investir em biologia e fazer uma pós, mas penso que para isso tenho que resolver algumas pendências como o último estágio que fiquei devendo, e que terei que pagar, mas meu orçamento tá apertado, o meu curso vai aumentar mais um ano, ai me lembro que preciso conversar sobre isso com a coordenadora, mas eu não gosto muito dela, decido fazer outro curso, investir em Letras, mas não quero ser professora, Química industrial? Não, não me imagino presa em tabelas, reagentes e afins, mas existe a Engenharia de produção então me lembro do orçamento apertado, droga! Mas e se o vírus Ebola se alastrar e extinguir uma parcela da população? E os refugiados africanos que chegam no Brasil, será que algum está contaminado? E fico com raiva, mas me arrependo pois são tão desprovidos de tudo, pronto lá vem a culpa Carol má, ruim... Então me lembro da maldita dieta e do peso que quero perder, e penso se devo ou não comer o pedaço de torta que está na geladeira afinal vou virar um esqueleto quando morrer, mas se continuar com esses quilos extras não vou conseguir um namorado, mas não quero namorar por enquanto, nossa gostei do vestido novo, mas as meninas precisam de calçados novos, esquece o vestido, mas se eu economizar em alguma coisa termino minha coleção da Jane Austen, então me lembro que tenho que pagar um encanador para concertar o banheiro, esquece livro, caramba 2:58 da madruga e a insônia que não me deixa, pego um livro e desejo mentalmente me transportar para ele, quem sabe virar um Hobbit gordo e feliz, vivendo confortavelmente em minha casinha, hum essa ideia me agrada, feliz+gordo+torta na geladeira... Adeus dieta, mas e o vírus? Será que se alastra?
Bom esse fluxo de pensamentos é um pouquinho da minha mente inquieta, por isso é que sou mais calada, já imaginaram eu falando nesse ritmo?
Credo em crus como dizem por aqui, mas como eu mencionei lá no início da postagem pessoas me assustam, comprovei isso lendo atualizações nas redes sociais da vida, cara é muito veneno, muita insensibilidade.
É por essas e outras que gosto tanto dos livros, eles não mudam, não enganam, magoam ou machucam e também gosto tanto de tortas elas de alguma forma realizam o meu sonho de virar um Hobbit
pois torta na geladeira+gordo+feliz... Plim! Me torno um Hobbit.
segunda-feira, 30 de junho de 2014
Abraço...
Abraço, puro e simplesmente, o aconchego de dois corpos um acolhido ao outro.
Duas almas se tocando, permitindo um reconhecimento mútuo, um reencontro talvez...
Duas partes distintas que se completam e se encaixam, tornando-se mesmo que por um breve momento uma só.
São encontros de pessoas, talvez planejado pelo destino, uma força que arrasta e atrai, como polos opostos lutando para se encontrar.
E do abraço nasce uma luz, tão terna, tão frágil, tão simples.
Luz que molda as lembranças, que nos permite encontrar finalmente uma continuação de nós mesmos, ou talvez um regresso dependendo do contexto do abraço.
O amor sob minha ótica, as vezes tão tolhida por doçura é a fragilidade da pele, que se reconhece no mais suave toque, no aroma natural de quem amamos, no calor do colo de quem nos quer tanto bem, e o abraço nos traz todas essas características, mesmo que seja um amor fraternal, se nos abraçamos transmitimos um pouco de nós e levamos um outro tanto do amado.
Se temos um amor romântico, selamos um pacto silencioso com nossos abraços, quase a declarar: estou aqui, vou continuar, mesmo que me afaste por algum tempo, estou acolhido nos teus braços, porque eu quis, escolhi. E, se temos a ousadia de amar é exatamente esse pacto que fazemos: ficar mesmo podendo ir, abraçar mesmo podendo soltar...
Imagens: Nishe via tumblr
http://nishe.tumblr.com/
quarta-feira, 25 de junho de 2014
Palavras...
A solidão em si é muito relativa. Uma pessoa que tem hábitos intelectuais ou artísticos, uma pessoa que gosta de música, uma pessoa que gosta de ler nunca está sozinha.
Ela terá sempre uma companhia: a companhia imensa de todos os artistas, todos os escritores que ele ama ao longo dos séculos.
domingo, 18 de maio de 2014
Finitude da vida
Sabe aquela pessoa na janela, olhando calmamente a vida passar esperando apenas a hora da partida? Essa sou eu, sem pressa ou surpresas, a vida é tão breve e sem sentido, poucos fazem diferença ou brilham nesse mundo, por essas e outras fico aqui quieta em minha bolha egocêntrica, me reinvento a cada instante, cansei de pensar no amanhã, que não me pertence, tenho apenas o presente em minhas mãos, e com ele moldo minha vida, conto minha história, de presente em presente, um dia de cada vez...
Entendi cedo demais a insignificância do meu eu, que meus medos são idiotas, meus sonhos pequeninos diante de tantos outros sonhos alheios, que a velhice é inevitável e a morte minha única certeza e meu maior medo.
Que a vida é como uma brisa fininha, frágil quase imperceptível, que dinheiro é bom mas não compra lembranças, que filhos crescem rápido, amigos igualam-se aos dedos de uma das mãos.
E o futuro? Não, não é meu, é das coisas, das conquistas, dos bens, que adquiri e não levarei, ficará para meus herdeiros, ou se preferirem para as traças, levarei somente um corpo inanimado, olhos fechados, em uma madeira qualquer feita para um corpo qualquer, que será devorado pelos vermes e completará o ciclo da vida, mas quem deixarei, isto sim me importa, deixarei uma descendência de bem? Que perpetuará meus genes de forma honrada? Que contribuirá para um feito importante? Serão pessoas felizes?
Espero que sim, espero deixar um bom exemplo, boas lembranças de momentos de carinho, porque no final das contas é isso que realmente importa, boas lembranças.