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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

L' Inconnue de la senne

 Estou relendo A Menina Submersa e devo confessar que dessa vez estou entendendo e absorvendo a leitura, dito isto quero trazer uma convidada para essa postagem: L' Inconnue de la Senne. De acordo com minhas pesquisas movido graças a história contada no livro, se trata de uma jovem de 16 anos encontrada no rio Sena no final da década de 1880, o corpo não tinha sinais de violência e o patologista concluiu morte por afogamento, até aqui tudo corriqueiro mas o que chamou a atenção do mesmo foi a beleza e a serenidade do rosto, inclusive com o sorriso enigmático como se estivesse a zombar desse mundo ou de quem a encontrasse (minha impressão). Foi feito uma máscara mortuária de gesso com os moldes de seu rosto, algo muito comum na época e sua máscara se tornou uma febre decorando vários lugares, inspirou nos anos posteriores poetas, pintores e a classe artística de um modo geral. Bem, passei o dia pensando na garota, as razões de sua morte, quem era "o corpo não foi reclamado e não se tem registro da mesma," e sinceramente a máscara mortuária é muito, muito bonita do tipo de beleza que dói por sua tragédia e sua pouca idade. 





 * https://vimeo.com/433294558 link do vímeo para ver a máscara mortuária sob uma nova perspectiva 

Em breve falarei sobre a releitura desse livro

 bjs

                                                   

 

domingo, 2 de abril de 2017

Outono

Outono é a poesia lúgubre das estações, onde o dia parece querer se recolher mais cedo em sua melancolia. A introspecção se encontra no cerne dos mais sensíveis, como um fantasma amigo a sussurrar no ouvido. São folhas que caem ao sabor tranquilo do vento, de dourados ao entardecer. É o finalizar de alguns ritos da natureza, o morrer para renascer. E toda beleza se encontra na aceitação da finitude, de que a semente tão delicadamente germinada cresceu, deu seu fruto e hoje se torna adubo na terra fértil, que como essa semente tenhamos a sabedoria de deixar ir aquilo que já não tem mais vida, para dar lugar para outras plantações, novas colheitas e outros fins.














terça-feira, 8 de setembro de 2015

O Brasil está falido

Eu gostaria de trazer hoje uma postam leve mas está complicado, a situação em que o nosso país se encontra é devastadora, a briga de egos em relação aos partidos políticos me enoja. O problema é bem maior do que o partido e ninguém entende, o problema é não ter em quem votar, o problema é a cultura do famoso jeitinho brasileiro, é ver o governo aumentando os impostos e ver o Brasil regredir, ver as pessoas dormindo em berço esplêndido como se nada estivesse acontecendo. Viver no Brasil está ficando cada dia mais caro, não temos retorno dos impostos cobrados, a educação está sendo boicotada na nossa frente, as verbas para pesquisas científicas estão pouco a pouco diminuindo, estudantes do projeto Ciências sem fronteiras estão sendo trazidos de volta para casa por culpa de uma Logística ineficiente e falta de planejamento. O nosso SUS só existe no papel pois por falta de informação a maioria das pessoas não conseguem trilhar o caminho certo para consegui a liberação de exames mais complexos, cirurgias e tantas outras coisas. Índios das tribos do Mato Grosso do Sul sendo vítimas de violência por parte das milícias ruralistas. São tantos problemas, tantas coisas graves e a politicagem de botequim sendo feita na propaganda obrigatória. O nosso país tem sido motivo de piada lá fora de acordo com o que andei lendo, o país que come linguiça e arrota caviar para ser mais precisa, a arrogância dos brasileiros chegou no limite que beira a estupidez, arrogância de não resolver os problemas que aumentaram de uma forma tão palpável que estamos caminhando para o título de a "Grécia da América Latina".
Peço desculpas pelo desabafo, pela postagem seca mas tá duro engolir certas coisas que tenho visto, lido e ouvido sobre a crise e que a maioria não quer enxergar. Tenho tentado ter pensamentos positivos e uma postura esperançosa mas do jeito que as coisas caminham logo teremos sérios motivos para chorar.    

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Soneto de fidelidade




Ah, o amor! Tem coisa mais gostosa do que as pequenas coisas, os gestos carinhosos repletos de cuidado e ternura...
Aquele segredo que só os dois conhecem, um apelido, um olhar.
São esses pequenos desatinos que fazem do amor uma razão para acreditar. Em coisas boas, acreditar no ser humano e  no amanhã. Vinícius nos traz um soneto que se tornou uma espécie de cântico, um brinde ao amor


Soneto de fidelidade
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.


Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pensar ou seu contentamento.


E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama


Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.


sábado, 2 de maio de 2015

Sobre Harry Potter

Olá leitores, como vão?
Por aqui as madrugadas seguem geladas.
A postagem de hoje é sobre o universo H. P. o mago e não a calculadora.
Se você tem algum preconceito literário é melhor parar por aqui e ler outra coisa, se não te convido para uma conversa gostosa de trouxa para trouxa, ou mestiço, sangue puro...  
Conheci Harry Potter primeiro através dos filmes, um dia vendo a partida do torneio tribruxo pensei o quanto tudo era bem feito, as regras e tudo mais, então decidi ler os livros.
Mas como não tinha muito tempo por causa da faculdade abandonei a ideia, mas quando estreou as Relíquias da Morte decidi comprar o livro para saber o final.
Mas somente no ano passado completei minha coleção, e iniciei a leitura, estou relendo as relíquias da morte, o sétimo e último livro da saga, e justamente hoje finalmente me cadastrei no site Pottermore, descobrindo a qual casa pertenço. Hoje fazem dezessete anos que "Aquele-a-quem-não-se-deve-pronunciar-o-nome" foi derrotado, em uma batalha sangrenta em Hogwarts, que inclusive acontecem duas mortes terríveis para os fãs da saga.
Voltando aos assuntos Potterhead, a minha casa é a Corvinal, a casa dos nerds...
 Lema da casa:

“O Espírito sem Fronteiras é o maior Tesouro do Homem – Rowena Corvinal” 

Localização: 3º andar
Fundadora: Rowena Ravenclaw
Responsável: Prof. Filius Flitwick
Cor: azul e bronze
Animal: águia
Fantasma: Dama Cinzenta
Características marcantes: inteligência e força de vontade
A Corvinal também tem uma das minhas personagens favoritas depois da Hermione, a Luna Lovegood ou D' Lua, como é apelidada pelos alunos de Hogwarts, pois a garota é um pouco excêntrica... Mas é corajosa, amorosa e muito sonhadora.  

Luna sendo Luna...


 Selecionei a cena mais bonita de toda a saga na minha opinião, em As Relíquias da Morte I, após uma briga Rony decide abandonar seus amigos, Hermione fica desconsolada, Harry e Hermione dançam, demonstrando o carinho que sentem um pelo outro.


Link do Pottermore - https://www.pottermore.com/en-us/
Detalhes dos personagens - http://harrypotteroguia.blogspot.com.br/search/label/Personagens

sábado, 25 de outubro de 2014

Gostosuras ou travessuras - parte final - animações assustadoras

Finalizando as postagens macabras hoje vou trazer algumas dicas de animações que fogem um pouco do convencional.

A casa monstro
Essa animação é bem divertida, conta a história de um garoto de 12 anos D.J. Walters e seus dois amigos Jenny e Bocão. D.J. acredita que exista algo estranho na casa do velho Epaminondas localizada no outro lado da rua, tudo que passa perto da casa some de brinquedos a animais de estimação. Na véspera do Dia das Bruxas D.J. e Bocão deixam a bola de basquete cair no terreno da casa, que acaba sumindo misteriosamente, mas quando Jenny quase é devorada pela casa a aventura horripilante começa, os garotos tentam provar que algo anormal existe e acontece na casa.


A noiva-cadáver
Eu gosto muito dessa animação que é produzida em stop motion, a história é baseada em um conto russo-judaico do século dezenove e é ambientada na Inglaterra vitoriana e um dos diretores é Tim Burton, acho que não preciso dizer mais nada em relação a qualidade dessa animação que inclusive foi indicada ao Oscar.
Victor Van Dort é um jovem e filho de novos-ricos que é destinado a se casar com Victoria Everglot que é filha de aristocratas falidos.
No ensaio de casamento Victor acaba arruinando tudo por estar nervoso, então decide ensaiar sozinho os votos em uma floresta, quando consegue fazer os votos sem errar Victor coloca a aliança em algo que ele acredita ser um galho mas na verdade é o dedo da noiva cadáver, ao fazer isso a noiva o leva para o mundo dos mortos onde Victor tenta escapar sem sucesso.
A animação é bem interessante e agrada também ao público adulto.

  

Frankenweenie
Outra animação em stop motion, também com direção de Tim Burton, mas esta é em preto e branco e totalmente em 3D.
O filme é inspirado no livro Frankenstein de Mary Shelley.
Victor é um garoto solitário, seu único companheiro é Sparkys, um dia ao tentar pegar uma bola lançada por Victor o cãozinho é atropelado e morre, Victor então constrói uma máquina para trazer de volta seu amado amigo, através de ondas elétricas, o restante não vou contar para não estragar a surpresa.

 

Especiais dos Simpsons
Eu assisto os Simpsons desde criança e amo os especiais gravados, os de halloween são os melhores, infelizmente atualmente não tem sido tão bons quanto os primeiros em que eram inspirados em clássicos da literatura como Poe ou Bram Stoker, não vou falar dos episódios porque são muitos, mas vou deixar uma abertura feita por Guillermo Del Toro o mesmo criador de O labirinto do Fauno, ficou ótima com várias referências, tanto da cultura POP como literária.

  


Bem pessoinhas encerro minhas postagens especiais em comemoração antecipada a Noite das Bruxas, espero que tenham gostado, desejo aos leitores do meu bloguinho muitas gostosuras e algumas travessuras...
Tchau o/





  



  

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Gostosuras ou travessuras - terceira parte - leituras assustadoras

Olá leitores, tudo tranquilinho? Hoje vou trazer alguns livros um tanto quanto medonhos, com enredo que no mínimo te fara dormir de luz acesa...

Marina
Esse é um livro lindo, bem escrito e assustador em alguns capítulos, vou ser breve para não dar spoiler.
A história se passa em Barcelona, no ano de 1980, o jovem estudante Oscar Drai vive em um internato e tem uma rotina bem repetitiva. O jovem sai explorando as ruas da cidade e em um desses dias conhece Marina, uma mocinha com olhos acinzentados. Nasce uma amizade tanto entre os dois jovens, como também com German, pai de Marina.
Mas um belo dia Oscar e Marina seguem uma misteriosa mulher vestida de preto até um cemitério e de lá vão parar em uma estufa e então o horror e suspense inicia na vida dos dois, que são perseguidos por criaturas famintas... O livro tem um final surpreendente.


Os mortos-vivos
Esse livro é incrível e despertou meu gosto pelo gênero terror/horror.
Conta a história de um grupo de amigos, todos senhores distintos que se intitularam Sociedade Crowder.
Todos os meses em um determinado dia eles se reúnem na casa ora de um, ora de outro, respeitando uma ordem, e contam histórias de terror, mas após a morte de um dos amigos as histórias começam a ficar mais assustadoras e alguns acontecimentos do passado vem a tona, seja no grupo ou individualmente, com isso todos passam a ter o mesmo pesadelo. Quando uma nevasca severa acomete a cidade muitas mortes acontecem e então todas as histórias de fantasmas se tornam reais na vida dos senhores, os moradores de toda a cidade sofrem com esse evento também.
É um livro bem escrito, com uma linguagem fácil mas muito culta e os personagens são tão bem construídos que os imaginamos como pessoas reais, eu recomendo esse livro pois na minha opinião é um forte candidato a se tornar um clássico do horror.


Horror em Amityville
Olha, a história contada no livro me fez dormir com a luz acesa, e não o leio mais.
O livro é escrito como documentário e é bem detalhado, seria uma leitura gostosa, se não fosse a parte ocultista que é medonha, fiz algumas pesquisas e se não for marketing do autor do livro, a família Lutz tem uma imaginação bem fértil.
Conta a história dos Lutz que ao comprarem uma casa na Ocean Avenue por um preço bem abaixo do valor de uma propriedade no bairro, passam apenas 28 dias na residência, que ao que tudo indica é mal assombrada, a casa foi palco de um assassinato algum tempo antes (caso verídico) por isso foi vendida tão barata.
O padre Mancuso, outro personagem do livro, também passa a ser perseguido por espíritos malignos após abençoar a casa a convite da família, chegando até mesmo a adoecer.
O livro fica bem assustador em muitos capítulos, se você é sensível ou medroso passe longe dessa leitura!  


É isso, tem muitos outros títulos mas esses foram os que mais gostei
Tchau o/





   







segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Gostosuras ou travessuras: segunda parte - filmes assustadores

Continuando com as postagens macabras hoje trago alguns filmes para assistir neste mês, são todos medonhos, mas para quem gosta do gênero terror/horror recomendo .

O exorcista
Este filme é um clássico do terror, e me rendeu muitas noites de vigília, quem dorme ao ver a transformação gradativa que Linda Blair sofre no decorrer do filme?
Para quem não conhece, o filme conta a história da pequena Regan, que começa a apresentar um comportamento estranho, sua mãe decide levar a menina para realizar vários exames (terríveis) mas a menina está possuída por um espírito demoníaco, e assim o terror começa, sendo necessário a intervenção de um padre. O filme tem efeitos visuais característicos da época, mas não deixa de ser assustador.
Esse foi o trailer mais tranquilo que encontrei.


Cemitério maldito
A família Creed acaba de se mudar para uma casa fora da cidade, muito próxima a um antigo cemitério indígena, um dia o gato da filha do casal morre atropelado e a família o enterra no cemitério, sem se importar com as lendas que as pessoas contam do lugar, mas coisas terríveis passam a acontecer com a família após esse acidente com o animal. 


Os outros
No final da Segunda Guerra Mundial Grace espera o retorno de seu marido, ela vive com seus dois filhos em uma enorme casa isolada, um dia aparecem três pessoas procurando por emprego,  Grace os contrata, mas eventos estranhos passam a acontecer com a chegada desses estranhos, o filme conta com um final surpreendente.

 

A bruxa de Blair
O filme é todo gravado em forma de documentário, e foi feita toda uma estratégia de marketing antes da estréia, mas é um filme interessante e além de nos deixar enjoados por causa dos movimentos das câmeras dá um pouco de medo também.
Conta a história de três jovens, estudantes de cinema, que se envolveram em uma lenda maligna relacionada a uma bruxa, o documentário é encontrado mostrando o fim de cada jovem. 
Encontrei curiosidades bem interessantes nesse link: http://medob.blogspot.com.br/2013/03/curiosidades-sobre-o-filme-bruxa-de.html

  

Espero que tenham gostado das minhas indicações
Tchau o/







  

domingo, 19 de outubro de 2014

Gostosuras ou travessuras - histórias de assombração

O mês de outubro me deixa bem feliz, temos primavera, dia das crianças e o halloween esse último infelizmente não popular no Brasil, mas acho que todos já viram muitos enlatados americanos com essa temática.
Aqui pelas bandas de Goiás é muito comum os adultos assustar as crianças com histórias de assombração, eu desaprovo e não faço de jeito nenhum, pois já passei maus bocados com medo depois de ouvir esses "causos."
Como eu imagino que os leitores do meu bloguinho são pessoas muito corajosas, hoje vou escrever três casos que ouvi quando criança.
Quem me contou essas histórias ou "causos" foi minha mãe, que por sua vez ouviu tanto da minha avó quanto do meu bisavô.

Pé de pato
Antigamente, mas muito, muito tempo atrás, quando meu bisavô era menino e morava em uma fazenda lá em Três Ranchos, ele e a molecada da fazenda gostavam de tomar banho no rio, na fazenda eles tinham engenho de cana, e a meninada antes de sair se reunia para tomar garapa.
Um dia quando todos estavam tomando garapa apareceu um rapaz maltrapilho e pediu um pouco, o pai do meu bisavô ofereceu e falou para o rapaz ficar a vontade.
Minha mãe conta que o rapaz bebeu uma cuia bem cheia de um gole só, o rapaz agradeceu e foi embora.
Meu bisavô e os amigos foram para o rio, chegando lá foram todos brincar na água, mas em seguida chega o rapaz que pediu garapa na fazenda, e perguntou se podia nadar com os meninos, eles concordaram, então o rapaz se despiu ficando de calção e botina, a meninada então perguntou se ele iria nadar com a botina, ele falou que não e resolveu tirar, quando descalçou os pés, ele tinha no lugar de pés humanos pés de pato, os meninos ficaram assustados e foram saindo da água, mas como garotos são matreiros eles começaram a gritar:
Pé de pato
Pé de pinto
O rapaz muito revoltado começou a nadar para fora da água e gritava assim
Vocês podem escapar mas o parrudo eu pego
Parrudo era um menino ruivo e pequeno, o menor da turma. Bem a meninada conseguiu escapar puxando o parrudo...

O carteado
Meu bisavô como contei na história acima moravam em fazenda, e as fazendas eram muito longe umas das outras.
Ele contou que certa vez, quando era rapaz, foi jogar truco na fazenda vizinha, as duas fazendas eram separadas por uma mata virgem.
Ele pegou o cavalo e seguiu rumo a fazenda, lá ficou até muito tarde, quando ele resolveu voltar para casa já passava da meia-noite.
Assim que ele entrou na mata, sentiu algo se sentando atrás dele, meu bisavô muito corajoso continuou seu caminho, sem olhar para trás.
O problema é que o que se sentou em seu cavalo era muito pesado, fazendo com que o animal perdesse seu ritmo habitual, andando bem devagar, meu bisavô conta que demorou uma eternidade para atravessar a mata.
Assim que saiu da mata ele sentiu que algo se levantou do cavalo, o animal imediatamente voltou ao seu trote natural, meu bisavô não olhou pra trás em momento algum.

Os lençóis
Essa foi contada pela minha avó, quando ela era mocinha e morava na fazenda, as mulheres lavavam roupas no córrego, muitos lençóis brancos, e pendurava tudo perto de um moinho, certo dia os varais estavam cheios, era um dia sem ventos, um clima quente, quando elas foram recolher os lençóis não estavam lá, mas sim no moinho que era muito alto, ela nunca conseguiu encontrar explicação para o acontecido.




Bem, é isso, existe muitas outras lendas ou casos que ouvi na infância, mas essas três foram as que mais marcaram e me assustaram quando menina.
Um abraço o/

quinta-feira, 31 de julho de 2014

J.K. Rowling

No dia 31 de julho de 1965 nascia Joanne Rowling ou J.K. Rowling, a escritora britânica ganhou reconhecimento com a série de livros Harry Potter, escreveu outros 3 livros como adicionais aos livros da série.
Escreveu também o livro Morte Súbita um drama voltado para o público adulto, e O chamado do cuco um romance policial que ganhará continuações mas serão livros com histórias independentes.
Na infância Rowling escrevia histórias de fantasia e as lia para sua irmã Diane, sua adolescência foi difícil pois sua mãe era doente diagnosticada com esclerose múltipla, e também não tinha um bom relacionamento com o pai, a personagem Hermione foi inspirada na escritora como uma caricatura, na idade de 11 anos. Em sua autobiografia Rowling afirma que para compensar a beleza de sua irmã seus pais decidiram que ela seria a inteligente e sempre se destacou por isso.
Em dezembro do mesmo ano em que Rowling começou a escrever Harry Potter e a pedra filosofal sua mãe faleceu, o livro foi bem caracterizado com sofrimento de Harry em relação a ausência dos pais em função da perda de Rowling, a escritora conta que sua mãe não chegou a conhecer a história de Harry Potter.
Um anuncio no The Guardian levou Rowling a se mudar para a cidade do Porto em Portugal para ensinar inglês, lá conheceu o Português Jorge Arantes, após compartilharem um gosto mútuo pela escritora Jane Austen, se casaram em 16 de outubro de 1992 e em julho de 1993 nascia a filha do casal Jessica Isabel Rowling Arantes.
Em dezembro do mesmo ano Rowling e sua filha se mudavam para casa de Daiane sua irmã, em Edimburgo na Escócia, com os três primeiros capítulos do livro escrito.
Sete anos depois de se formar na universidade, Rolwling se via divorciada, desempregada e com uma filha de colo, durante esse período ela foi diagnosticada com depressão clínica e pensou em suicídio, esse sentimento a levou a escrever sobre os dementadores que aparecem no terceiro livro, são criaturas que sugam a alma e trazem uma grande tristeza.
Rowling escrevia as histórias de Harry Potter em uma máquina de escrever no bar do cunhado, enquanto sua filha dormia no carrinho, nessa época ela não mais morava com sua irmã pois se sentia um peso, um dos meios de sobrevivência enquanto estava desempregada era ajuda do governo. 
Em 1997 seu livro é lançado, Harry Potter e a pedra filosofal com 107 milhões de cópias vendidas.
Hoje com uma realidade totalmente diferente J.K. Rowling participa de projetos filantrópicos fazendo doações significativas, ganhou prêmios, reconhecimento e principalmente, graças a sua obra formou uma nova geração de leitores no mundo inteiro, que persiste até os dias atuais, intitulados como Potterhead, inclusive essa que de cá vos escreve.  


Conheci os filmes primeiro e me apaixonei pela história do bruxinho, depois que resolvi ler os livros  me tornei uma Potterhead e estou lendo o quarto livro.





  
   

    

domingo, 29 de junho de 2014

Princesas e inclusão

Hoje a postagem seria o desafio das cartas mas quando vi o site Catraca livre não resisti, imagine pegar as belas princesas Disney e desenhar deficiências físicas?
Bem o artista Alexsandro Palombo fez isso, após desenvolver um raro tipo de câncer e ficar com parte do seu corpo paralisado, o artista conta que sentiu na pele diversas formas de discriminação e humilhação e buscou nessas ilustrações dar mais visibilidade ao problema.
Eu acho que as pessoas com deficiência não atendem ao estereótipo de beleza definido pela Disney. E a minha mensagem é que elas também tem direitos e fazem parte do mundo. Contou.
Bom como minha mente insiste em não crescer, Terra do nunca, aquele abraço \o/, lógico que quis postar essa lindeza, princesas e inclusão? Voto sim com certeza!
















Link do blog do artista: http://humorchic.blogspot.it/2014/01/humor-chic-equal-rights-disabled-disney.html
Link catraca livre:https://estilo.catracalivre.com.br/2014/06/artista-desafia-padroes-de-beleza-das-princesas-da-disney/ 


Tchau o/





  

terça-feira, 15 de abril de 2014

Salvador Dalí e animação Disney

Em 1945 Salvador Dalí começou uma parceria com Walt Disney para criação de um desenho aos moldes de Fantasia, chamado Destino, a história segundo Dalí, era uma exposição mágica sobre o problema da vida
no labirinto do tempo. Já segundo Disney era sobre uma garota em busca do amor, o animador responsável pelo projeto era John Rench, que trabalhou em clássicos imortais como Peter Pan, Alice no país das maravilhas e o próprio Fantasia,  o projeto foi adiado por causa da crise financeira da época, só que em 1999 começaram os planos de concretização da obra.
O produto final, um curta de mais ou menos 6 minutos estreou em 2003 e contem 17 segundos da animação original (o trecho das tartarugas). O filme concorreu ao Oscar de animação de 2004 mas não levou a estatueta.  



É uma belíssima animação não acham?



segunda-feira, 7 de abril de 2014

A moça tecelã

Acordava ainda no escuro, como se ouvisse o sol chegando atrás das beiradas da noite. E logo sentava-se ao tear.

Linha clara para começar o dia. Delicado traço cor da luz, que ela ia passando entre os fios estendidos, enquanto lá fora a claridade da manhã desenhava o horizonte.

Depois lãs mais vivas, quentes lãs iam tecendo hora a hora em longo tapete que nunca acabava.

Se era forte demais o sol, e no jardim pendiam as pétalas, a moça colocava na lançadeira grossos fios cinzentos do algodão mais felpudo. Em breve, na penumbra trazida pelas nuvens, escolhia um fio de prata, que em pontos longos rebordava sobre o tecido. Leve a chuva vinha cumprimentá-la à janela.

Mas durante muitos dias o vento e o frio brigavam com as folhas e espantavam os pássaros, bastava a moça tecer com seus belos fios dourados, para que o sol voltasse a acalmar a natureza.

Assim, jogando a lançadeira de um lado para o outro e batendo os grandes pentes do tear para frente e para trás, a moça passava os seus dias.

Nada lhe faltava. Na hora da fome tecia um lindo peixe, com cuidado de escamas. E eis que o peixe estava na mesa, pronto para ser comido. Se sede vinha, suave era a lã cor de leite que entremeava o tapete. E à noite, depois de lançar seu fio de escuridão, dormia tranquila.

Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer.

Mas tecendo e tecendo, ela própria trouxe o tempo em que se sentiu sozinha, e pela primeira vez pensou em como seria bom ter um marido ao lado.

Não esperou o dia seguinte. Com capricho de quem tenta uma coisa nunca conhecida, começou a entremear no tapete as lãs e as cores que lhe dariam companhia. E aos poucos seu desejo foi aparecendo, chapéu emplumado , rosto barbado, corpo aprumado, sapato engraxado. Estava justamente acabando de entremear o último fio da ponta dos sapatos, quando bateram à porta.

Nem precisou abrir. O moço meteu a mão na maçaneta, tirou o chapéu de pluma, e foi entrando em sua vida.

Aquela noite, deitada no ombro dele, a moça pensou nos lindos filhos que teceria para aumentar ainda mais a sua felicidade.

E feliz foi, durante algum tempo. Mas se o homem tinha pensado em filhos, logo os esqueceu. Porque tinha descoberto o poder do tear, em nada mais pensou a não ser nas coisa que ele poderia lhe dar.

- Uma casa melhor é necessária - disse para a mulher. E parecia justo, agora que eram dois. Exigiu que escolhesse as mais belas lãs cor de tijolo, fios verdes para os batentes, e pressa para a casa acontecer.

Mas pronta, a casa já não lhe pareceu suficiente.

- Pra quê ter casa se podemos ter palácio? - perguntou. Sem querer resposta imediatamente ordenou que fosse de pedra com arremates em prata.

Dias e dias, semanas e meses trabalhou a moça tecendo tetos e portas, e pátios e escadas, e salas e poços. A neve caia lá fora, e ela não tinha tempo para chamar o sol. A noite chegava, e ela não tinha tempo para arrematar o dia. Tecia e entristecia, enquanto sem parar batiam os pentes acompanhando o ritmo da lançadeira.

Afinal o palácio ficou pronto. E entre tantos cômodos, o marido escolheu para ela e seu tear o lugar mais alto da mais alta torre.

- É para que ninguém saiba do tapete - ele disse. E antes de trancar a porta à chave ele advertiu: - Faltam as estrebarias. E não se esqueça dos cavalos!

Sem descanso tecia a mulher os caprichos do marido, enchendo o palácio de luxos, os cofres de moedas, as salas de criados. Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer.

E tecendo, ela própria trouxe o tempo em que sua tristeza lhe pareceu maior que o palácio com todos os seus tesouros. E pela primeira vez pensou em como seria bom estar sozinha

Só esperou anoitecer. Levantou-se enquanto o marido dormia sonhando com novas exigências. E descalça, para não fazer barulho, subiu a longa escada da torre, sentou-se ao tear.

Dessa vez não precisou escolher linha nenhuma. Segurou a lançadeira ao contrário, e jogando-a veloz de um lado para o outro, começou a desfazer seu tecido. Desteceu os cavalos, as carruagens, as estrebarias, os jardins. Depois desteceu os criados e o palácio e todas as maravilhas que continha. E novamente se viu na sua casa pequena e sorriu para o jardim além da janela.

A noite acabava quando o marido estranhando a cama dura, acordou, e, espantado olhou em volta. Não teve tempo de se levantar. Ela já desfazia o desenho escuro dos sapatos, e ele viu seus pés desaparecendo, sumindo as pernas. Rápido o nada subiu-lhe pelo corpo, tomou o peito aprumado, o emplumado chapéu.

Então como se ouvisse a chegada do sol, a moça escolheu uma linha clara. E foi passando-a devagar entre os fios, delicado traço de luz, que amanhã repetiu na linha do horizonte.

Marina Colasante