sábado, 9 de maio de 2015

Tempos modernos

Não quero que o asfalto contamine a paisagem
Ou que a fumaça dos carros embace meus olhos
Que o ruído fique lá fora
Que o caos da modernidade não me roube a poesia
Quero caminhar por uma floresta densa e úmida
Com um cantil nas mãos e mochila nas costas
Quero ouvir a sinfonia dos pássaros
Ver a erva daninha contornar os prédios e as traças comerem os papéis timbrados
Quero versos escorrendo dos meus lábios e sonetos acariciando meu corpo
Quero qualquer coisa que freie a automação





4 comentários:

  1. Nesse teu dia com o favorecimento dos anjos, peço que teus desejos sejam atendidos com a mesma delicadeza e suavidade desse poema.
    Parabéns pelo dias das mães!

    ResponderExcluir
  2. Tão bucólico seu texto! Gostei muito! Também gosto de um repouso perto da natureza.

    ResponderExcluir