terça-feira, 28 de julho de 2015

Superando traumas

Olá leitores, como vão?
Hoje me peguei pensando na Carol pré-adolescente, e de como certas coisas acabam por traumatizar uma pessoa.
Eu fui um bebê gorduchinho e a medida que fui crescendo me tornei uma criança magra e saudável, eram outros tempos de muita brincadeira no quintal, as vezes na rua, na casa dos amigos e nada de fast-food. No máximo uma massa aos domingos.
Quando fiz doze anos e a puberdade gritou eu engordei, e fiquei acima do peso. Nada preocupante, eram as gordurinhas normais, principalmente em meninas nessa fase.
Mas as pessoas começaram a pegar no meu pé e logo vieram os apelidos pejorativos, e os parentes viraram uma espécie de fiscal da comida.

Com esse bullying que passei a sofrer em casa desenvolvi uma espécie de vergonha de me alimentar, de gostar de comer.
Simplesmente passei a me policiar e o assunto que envolvia comida era tabu na minha vida. Eu saía com as amigas e o meu sorvete sempre era o menor lembrando que amo sorvete. Doces? Não passava perto, sendo que quando criança toda semana eu ia na venda comprar meus doces favoritos: Cocada e suspiro.
E o pior era sentir vergonha de comer, elogiar uma comida bem preparada, frequentar um bom restaurante, aliás eu raramente ia em restaurantes e quando lá chegava ficava deslocada.
Foram anos e anos assim, eu não percebia e achava isso normal.

Mas então surgiu a maturidade, e eu vi o quanto eu estava sendo cruel comigo mesma, arrastando um peso que não era meu. Passei então a me alimentar de formal saudável e com prazer.
Perdi o medo de sair para um restaurante ou para fazer um lanche, passei a curtir os momentos que passo cozinhando, aprendendo novas receitas, descobrindo novos sabores.
Voltei a ter alegria em ir ao mercado ou feira para comprar alimentos, coisa que na época crítica eu não tolerava.  
Enfim me libertei de toda opressão sofrida na pré-adolescência, me libertei dos julgamentos e comentários maldosos. Hoje posso afirmar com certeza, tenho prazer em me alimentar bem, e sou feliz!



  

Um comentário:

  1. Prazer é bom, quando faz quem sente feliz. Como passar por aqui e te ler, me faz.

    Um abraço e boa semana pra você a Isabela e a Bruna.

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