segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Devaneios de uma segunda quente

A vida é estranha algumas vezes, principalmente quando paro para observar algumas coisas como a passagem do tempo. Estou com 34 outonos bem vividos, olho no espelho e ainda me reconheço mas se eu viver o tempo que eu quero ou seja 90 anos o espelho será um estranho e eu serei outra pessoa com a mesma alma e essência, porém outro corpo. Tenho algumas questões  para resolver com a mãe natureza como a dificuldade para perder peso, ou a celulite que surgiu depois dos trinta e dois, são poucas mas me incomodam...
Mas o que mais assusta é ver a fragilidade surgindo em algumas pessoas do meu convívio, as doenças da melhor idade que sorrateiramente se aproxima, ver aquela rocha inabalável se transformando aos poucos em alguém frágil nos assusta e  nos faz enxergar a finitude, ao menos desta existência.
Esses pensamentos surgiram hoje enquanto fazia minha caminhada, gosto de me exercitar sozinha pois posso meditar ou pensar, posso observar pássaros  ou libélulas, avistei um monte desses seres interessantes, algumas pessoas também vi pelo trajeto que fasso, inclusive andando no sentido contrário ao meu, enquanto caminho tenho a sensação de pertencimento, de ter o direito de ser quem sou sem ninguém me enchendo ou querendo me moldar e isso é bom, muito bom.
Antes que me esqueça hoje fui na primeira reunião de pais da escola da Bruna, foi rápida e objetiva, gostei. Enquanto eu escrevo lá fora não sabe se chove, se venta ou se esquenta de uma vez, torço por chuva e um pouco de ventania para refrescar e levar alguns pensamentos.



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